EUA advertem China sobre risco de apoiar 'agressão russa'

17/03/2022 20:42

Presidente Joe Biden conversará com o líder chinês Xi Jinping sobre as questões na Ucrânia na próxima sexta-feira (18)

Os Estados Unidos alertaram a China nesta quinta-feira (17) para qualquer tentativa de "apoiar a agressão russa" contra a Ucrânia, onde novos bombardeios deixaram mais de 20 mortos no leste.

O presidente dos EUA, Joe Biden, ameaçará na próxima sexta (18) o líder chinês Xi Jinping com represálias se a China "apoiar a agressão russa" com uma ajuda militar, antecipou o secretário de Estado Antony Blinken.

O secretário estimou que os ataques da Rússia contra civis constituem crimes de guerra e acusou Moscou de não fazer "esforços significativos" na frente diplomática para resolver o conflito.

Prestar contas

O Ministério de Defesa da Rússia negou ter atacado na última quarta-feira (16) um teatro na cidade portuária de Mariupol, sudeste da Ucrânia, sitiada há mais de duas semanas pelas forças de Moscou.

Segundo autoridades locais, havia mais de mil refugiados no teatro. A ONG Human Right Watch, que destacou a falta de dados, citou a presença de pelo menos 500 pessoas. As informações chegam a conta-gotas e em ocasiões contraditórias. A Ucrânia e os países ocidentais acusam a Rússia, que atribui o ataque a milicianos de extrema direita ucranianos.

O teatro de Mariupol "foi fortemente bombardeado hoje, embora servisse como um abrigo bem conhecido e claramente identificado para civis, incluindo crianças", denunciou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que também citou relatos de ataques russos contra a cidade de Mikolaiv.